Capitulo XVII
As aulas funcionavam como analgésicos e Vanda não se abstinha de usá-las
como desculpa para dias atarefados entre a preparação de aulas, reuniões e
testes. O mês de Janeiro foi passado num quotidiano apressado preenchido de
forma aflitiva deixando o trabalho e as limpezas apenas para visitar os pais de
Vasco. Estas visitas, no inicio espaçadas e formais, tornaram-se quotidianas e
calorosas. Partilhavam a mesma preocupação com Matias, a mesma angustia na
doença e Vanda voltou a sentir-se da família. Emília ansiava a sua visita sentindo-a
como o seu momento de alivio diário. Para aproveitarem bem aquelas visitas,
Vanda começou a jantar todos os dias naquela casa. Cozinhava com a D. Emília e
com a sua irmã Irene que salpicava as tristezas com os seus comentários
descabidos e engraçados.
- Os guisados da Emília é que te vão levar ao altar com o Vasco… - As três
mulheres riram em uníssono como já não faziam há muito tempo. Vanda tinha
encontrado naquelas mulheres umas boas confidente. Já toda a ilha conhecia a
sua história e aceitava-a. Só desconheciam a loucura dela, desconheciam que ela
acreditara ser mãe de Matias. Vanda nem queria imaginar como reagiriam se
soubessem. Mas a verdade e que sabiam mais do que alguma vez alguém soubera a
seu respeito e aceitavam-na assim mesmo. Esta era outra característica daquela
pequena ilha. Eram um pequeno aglomerado de pessoas e cada pessoa tinha uma
importância quase divina. Aceitavam cada um com os seus defeitos e virtudes
quase como se fosse uma graça de Deus, e Vanda era mais um dos deles que
preenchia o seu espaço naquele cantinho do mundo. E era apreciada. Na escassez
encontramos importâncias que se perdem na abundância. E era assim que aquela
ilha olhava para cada pessoa, valorizando a sua companhia, amizade, história e
compreendendo cada ser sem grandes julgamentos… Porque cada um é imensamente
desejado.
O telefone tocou e as três depois de um segundo de paralisia correram
para a sala. Emília pegou no auscultador e inspirou fundo.
- Estou! – o momento de silêncio da mulher traduzia-se numa conversa
solitária do outro lado da linha. Os olhos de Vanda devoravam qualquer pequeno
sinal nas expressões de Emília, enquanto Irene rezava à padroeira da ilha,
Nossa Senhora dos Milagres. Vanda sentiu o peito apertar-se quando Emília
começou a chorar convulsivamente e largou o telefone. Vanda pegou no
auscultador com uma premonição demoníaca que antecede uma má noticia.
- É a Vanda que fala agora. – O silêncio do outro lado colocou-lhe a duvida de que
ainda estivesse alguém em linha. – Estou… Sim… Estou…
- Olá Vanda! – A voz rouca de Vasco penetrou-lhe nas entranhas. Vanda
sentiu o seu estômago apertar-se ao sentir a tensão de Vasco e desejou
imensamente poder abraçá-lo e diminuir-lhe o sofrimento que lhe sentia na voz.
- O que é que se passa Vasco?
- O Matias…
- O que é que tem o Matias? – Vanda sofria a antecipação daquela
informação que adivinhava má.
- Ele precisa de um transplante… Precisamos de encontrar um dador. A
Vera, o Marco e eu faremos os testes amanhã para ver se somos compatíveis…
- Não sei se estou a perceber… Isso é mau? Ele faz o transplante de
medula e fica bom?
- Ai Vanda! Sinto-me cansado… sinto-me tão cansado… Onde é que tu tens
andado?
- Estou no Corvo… - Vanda sentiu-se confusa com aquela pergunta. – Mas eu
posso ir para aí… - Vanda hesitou. Nunca se tinha oferecido a ninguém que
precisasse e não sabia lidar com esta situação.
- Não preciso de ti ao meu lado fisicamente… Mas neste tempo em que
precisei tanto de ti, onde é que andaste?
- Eu… - Vanda engoliu o silêncio que lhe travava o raciocínio e ficou sem
palavras nem reacção… Não tinha nada para dizer. Não tinha nada com que se
defender. Passou todo aquele tempo mergulhada na sua miséria que arrasta
consigo há demasiado tempo e voltou a magoar uma pessoa importante para ela…
- Adeus Vanda…
Vanda desligou o telefone e dirigiu-se para a cozinha. Fez uma sopa e
saiu deixando a D. Emília entregue aos cuidados da irmã. Percorreu o caminho de
calçada negra sem sequer prestar atenção no caminho demasiado conhecido. Todo o
seu corpo tinha entrado num automatismo desconhecido e a letargia tomava conta
dos seus pensamentos e emoções. Entrou em casa e fechou a porta apenas no
trinco sem sequer pensar nos riscos de ter a porta principal destrancada.
Atirou a mala para o sofá e fixou aquela imagem de uma mala caída de forma
desleixada sobre uma manta impecavelmente branca que cobria o sofá em harmonia
milimétrica com o tapete lilás. Alguma coisa naquela imagem a perturbou, mas
Vanda não perdeu tempo a debater-se mentalmente com aquela desarmonia que não
lhe interessava. Dirigiu-se ao quarto e deitou-se sobre a cama sem se despir.
Não chorou, Não sofreu. Não racionalizou emoções. Apenas dormiu.
O sol entrou descaradamente pela portada do quarto. Os olhos teimavam em
recusar aquela claridade prometedora de esperanças. Vanda esfregou a cara
e deixou escapar uma ladainha de
insatisfações matutinas quando percebeu que tinha adormecido sem mudar de
roupa. Levantou-se a custo e quase gritou consigo mesma quando viu a mala
atirada sobre o sofá, enrugando a manta que agora precisaria de passar a
ferro para ficar novamente
impecavelmente lisa. Tomou um duche demorando-se debaixo da
água quente que lhe fustigava a pele como se fosse um castigo. Antes de sair
arrumou meticulosamente o quarto repreendendo-se por ter-se tornado novamente
desleixada. Vanda passeou os olhos pela turma que lhe pareceu imensamente
reduzida sem Matias. Começava a sentir a importância de cada um enquanto
individuo que caracterizava as relações daquela ilha. A sua boca explicava a
alunos que nunca tinham saído daquele ilhéu e daquela realidade que mais
parecia uma quimera o que era uma ditadura militar e como o país deles tinha
vivida durante um período desses.
- Então quem é que
escolhia o presidente? – As gémeas formularam a pergunta em uníssono como
faziam habitualmente surpreendendo sempre Vanda.
- Os militares controlavam
todos os poderes… Eram eles que elegiam os governantes. Por isso é que o
presidente era um general… O general Carmona.
- Aqui no Corvo as
pessoas votam no presidente da câmara e ganha quem tem mais votos… - Tiago que
parecia sempre distraído das aulas intervinha com opiniões pertinentes nas
alturas menos espectáveis.
- E é assim que deve
ser Tiago… Mas nem sempre foi assim. – Vanda decidiu que em vez de continuar
com a matéria iria aproveitar aquela demonstração de interesse e ensinar os
seus pupilos a formarem opiniões e defendê-las. – Vocês acham que deve ser
assim? Que o governante deve ser aquele que é eleito com o maior número de
votos?
A resposta positiva
surgiu em uníssono. Vanda sorriu. Tinha a atenção da turma nas suas mãos.
- E porque é que acham
que deve ser assim?
Após um momento se
silêncio profundo que reflectia debates internos nas cabecinhas dos seus
alunos, uma da gémeas surgiu com uma resposta totalmente inesperada.
- Porque numa
comunidade é importante que exista mais pessoas felizes do que pessoas tristes.
E foi nesse momento que
Vanda soube o que é viver em comunidade. É saber abdicar enquanto individuo
beneficiando assim um todo… Mas este raciocínio ainda não reflectia as
maravilhas de uma convivência tão unida. Foi a outra gémea que a elucidou dos
benefícios do altruísmo em comunidade.
- Porque se houver nove
pessoas felizes e apenas uma pessoa triste, as pessoas felizes unem-se e ajudam
sem grande dificuldade a pessoa triste tornando-a feliz. Mas o contrario é mais
difícil.
Foi neste momento que
Vanda soube que aquela ilha se uniria para o bem de Matias e saiu disparada da
sala de aulas. O gabinete da directora da escola encontrava-se vazio. Vanda
fechou os olhos e obrigou-se a pensar. Ela estava a dar aula de matemática aos
alunos do oitavo ano. Dirigiu-se para a sala e entrou sem bater à porta
provocando um desviar de olhos silencioso na sua direcção. Após uns segundos de
desconforto, Vanda recuperou a dignidade erguendo o queixo.
- Preciso de falar
consigo Professora Margarida. É urgente!
A professora orientou
os seus alunos para umas páginas de exercícios na expectativa vã de que
ficassem sossegados.
- Do que se trata? –
questionou a directora enquanto fechava a porta nas suas costas.
- O Matias vai precisar
de um transplante de medula. – Vanda deixou que a ideia assentasse na mente da
directora que abria os olhos numa preocupação evidente.A família fará os testes
amanhã. Mas não podemos ficar de braços cruzados perante este tema. Acho que a
escola poderia em conjunto com o centro de saúde fazer uma campanha de dadores
de medula. Precisamos de ajudar o Matias… Nem que seja para mostrarmos à
família que a ilha está disposta a ajudá-los a ultrapassar isto.
- Tem razão! Vou
providenciar já tudo o que é necessário. Assim que souber de mais alguma coisa
falo consigo Vanda. – A directora virou-lhe as costas mostrando intenção de
voltar à sua aula. Deteve a mão na maçaneta da porta e voltou-se novamente pata
Vanda com um sorriso. – Bem-vinda à nossa comunidade.
Vanda sentiu o peso
satisfatório daquelas palavras. Ela estava integrada e sentia-se feliz por
isso. Mesmo que significasse viver as dores dos outros, partilhar as amarguras
e tristezas, também tinha quem a ajudasse a carregar a sua cruz.
O sábado chegou na
azáfama da organização do grande dia. Daniel tinha chegado no dia anterior e
estabelecera a ligação com o IPO de Lisboa de forma a que a recolha dos dadores
fosse enviada para lá. Fora um sucesso. Todos os adultos da ilha compareceram.
Não existiram cores políticas nem chatices de heranças e terrenos que
afastassem a solidariedade daquele momento. Todos ouviram a explicação
pacientemente do que significava ser dador de medula. Todos sujeitaram as suas
veias às agulhas prontas para extrair o sangue. E todos saíram mais satisfeitos
do que entraram no pavilhão da escola. Vanda olhava-se ao espelho com o
sentimento de dever cumprido e sorriu para a imagem reflectida no espelho. O
telefone tocou.
- Sim!
- Olá! – A voz cansada
de Vasco penetrou-lhe a alma e de repente ela teve a sensação de que poderia
fazer ainda mais… Mas não soube significar o quê.
- Vasco! Está tudo bem?
– O soluço que respondeu a esta questão mostrou a insignificância daquela
pergunta.
- Vai tudo correr bem
Vasco! Hoje vamos fazer uma vigília nocturna e vamos rezar pelo Matias… - Vanda
sentiu que a voz a denunciava e esforçou-se mais. – Não é à toa que a vossa
padroeira se chama Nossa Senhora dos Milagres… - A gargalhada frágil de Vasco
arrancou-lhe um suspiro de alívio. – Vai correr tudo bem Vasco!
- Nenhum de nós é
compatível Vanda…
O peso daquela
afirmação desceu sobre a mente dos dois e ambos choraram em silêncio.
- Nós fizemos uma
campanha de angariação de dadores de medula. Compareceram todos aqui na ilha. –
Vanda procurava alento nas suas próprias palavras. – A Vera Câmara e a Catarina
têm sido incansáveis… Já sabes como elas são. Conseguiram que todas as outras
ilhas aderissem a esta campanha pelo Matias e vai haver uma recolha na terça
feira em simultâneo em todas as ilhas.
- Obrigada por tudo o
que estão a fazer aí!
- Não tens de
agradecer. Vamos encontrar um dador compatível… Eu sei que vamos.
O som das pancadas na
porta despertaram-na da conversa. Vasco despediu-se e ela foi abrir a porta a
uma visita matinal inesperada.
- Bom dia Vanda! – Vera
Câmara e Catarina entraram sem pedir licença. Vanda revirou os olhos. Aquele
era um hábito que ela engolia mas não gostava. – Vai vestir uma roupa velha e
não te preocupes com o calçado. – Vera abanou-lhe um par de botas de borracha
em frente aos olhos. – Podes usar as minhas… Já que eu não posso ir à apanha da
erva com este barrigão.
- Ir onde? – Vanda não
estava a perceber nada daquela conversa.
- Vamos apanhar a Erva
do Calhau! – respondeu Catarina como se aquilo fizesse sentido. Perante o
erguer do sobrolho de Vanda, ela continuou com a explicação. – Tivemos um
Inverno muito rigoroso com mar bravo. Hoje temos um dia azul com o mar brando.
É altura ideal para apanharmos uma alga marinha que chamamos Erva do Calhau.
Anda daí… é uma tradição e não podes faltar.
Vanda deixou de
protestar e juntou-se ao grupo de mulheres que se encaminhavam em conversas
animadas para o Porto do Boqueirão. As rochas negras e escorregadias perfuravam
o mar azul e era aí que as mulheres agachadas apanhavam as algas. Vanda
imitou-lhes os gestos e ficou a saber que se a erva estivesse verde ou amarela
já não prestava. Se apanhasse muito sol também já não era boa, por isso tinham
de aproveitar aqueles dias em que o sol ainda não aquecera o basalto e a
humidade do mar protegera a frescura das algas.
- As algas depois de
apanharem sol são como as couves de Agosto, não prestam para nada…
A manhã foi produtiva e
quando os recipientes se mostraram cheios e as mulheres satisfeitas, o caminho
de volta foi feito com promessas de um jantar muito saboroso. Vanda não
imaginava como usariam aquelas algas na comida, mas sentia-se curiosa. Depois
da experiência que tivera ao provar as lapas cruas e vivas, sentia-se corajosa
o suficiente para outras aventuras gastronómicas.
- Encontramo-nos à seis
e meia na casa da Vera para prepararmos o jantar, Ok? – Catarina esperava uma
resposta afirmativa de Vanda que não demorou.
Já em casa, Vanda tomou
um duche libertando-se da maresia que se tinha entranhado na pele e no cabelo.
Limpou a casa de banho com um desinfectante novo que não a deixou totalmente
satisfeita. Preparou uns legumes cozidos com atum para o almoço e sentou-se no
sofá a preparar o próximo teste de avaliação. A porta abriu-se sem aviso
provocando-lhe uma comentário desaprovador.
- Olá Vanda! Não te
zangues… Não se trata de nenhum ladrão… Até porque não existe nenhum nesta terra.
– O riso sarcástico de Daniel arrancou-lhe um sorriso benevolente.
- Entra! Estava a ver
que não me visitavas. Deves estar instalado muito longe da minha casa! – As
gargalhadas prometeram animar aquela tarde, enquanto a conversa fluía e
flutuava entre o trabalho dele e as aulas dela. Depois de cumprido o ritual de
uma conversa ligeira, Daniel tocou no assunto que realmente lhes preenchia a
alma.
- Sabes que ainda não
encontraram um dador para o Matias? – Vanda absorveu aquela realidade demasiado
conhecida.
- Sei… Mas recuso-me a
entrar em pessimismos. Encostei-me sempre ao facilitismo de aceitar o lado mau
sem sequer tentar conquistar o bom… Recuso-me a continuar por esse caminho. Não
temos apenas uma família a lutar pelo Matias, mas sim uma ilha inteira… Aliás,
um arquipélago, porque quando se trata de cuidar de um insular açoriano, não há
povo como este… Esganam-se todos para ajudar um.
- Lá isso é verdade.
Continuam à procura de uma dador compatível. – Daniel silenciou-se por uns
segundos e perscrutou as feições de Vanda como se estivesse à procura de alguma
evidência. – E tu Vanda? Como é que estás a lidar com esta nova realidade de
não seres a mãe do Matias?
- Tenho percebido um
pouco a doença. Nunca tinha ouvido falar do Síndrome de Hellp, mas o grupo de
mulheres que encontrei no facebook tem sido incansável. – Vanda suspirou. –
Sabias que o grupo é liderado por uma mulher daqui do Corvo?
- Estás a brincar!
- Cá nada. É liderado
pela Vera Câmara, casada com o Joe. Deves saber quem são… eles são muito amigos
da Catarina. – O rosto de Daniel ruborizou-se quando o nome de Catarina foi
pronunciado. – E por falar em Catarina… - Vanda deu-lhe um encontram cúmplice
com o ombro.
- Pois…
- Pois o quê? – Vanda
arregalou muito os olhos face ao entendimento que a expressão acanhada de Daniel
transmitia. – Tu não me digas que vocês… - Vanda libertou uma risadinha
tipicamente feminina. – Grande malandro. E agora? Ela vai para o continente?
- É aí que reside o
problema. Ainda não falamos sobre isso. É uma situação que nos assombra os
pensamentos, mas parece que temos um pacto de silêncio sobre esse assunto…
- Mas como… - Vanda
deixou a pergunta no ar. Não queria estragar o momento de felicidade do amigo.
O resto da tarde
passou-se entre conversas animadas e menos animadas. Recordações e conselhos.
Sempre acompanhados por um chá preto que fumegava por entre uma amizade que ia
crescendo sem esforços ou pré-avisos. Porque a amizade é uma acto de entrega
genuíno que só floresce quando está completamente despida de expectativas ou
oportunismos.
Seguiram ambos para
casa da Vera Câmara e chegaram no horário previsto. Joe atirou um avental a
Vanda e uma cerveja a Daniel provocando uma ladainha de protestos no mulheredo.
- Ainda não estão bem
domesticadas. – O piscar de olho cúmplice de Joe para Daniel aumentou
automaticamente o volume dos protestos. A cozinha exibia vapores cheirosos.
Vanda nem pensou nas calorias e gordura que aquela refeição continha. As
morcelas negras combinavam na perfeição com os inhames e as tortas de erva do
calhau adquiriam um tom escuro que se perdia numa junção perfeita de sabores
com um bolo de milho cozido num forno de lenha. Vanda revirava os olhos a cada
garfada. Ela era nativa daquela ilha de certeza absoluta. A conversa alongou-se
pelo jantar partilhado. A barriga de Vera foi mimada por todos os presentes que
não se poupavam a uma caricia ou a beijos ruidoso que arrancavam gargalhadas
altas à mãe babada.
A noite caiu e todos
deslocaram-se à igreja da matriz. A D. Emília já estava no átrio e recebia cada
recém chegado agradecendo o apoio. A ilha deslocou-se toda, idosos adultos
jovens e crianças partilharam aquele momento de oração e os corações de todos
foram depositados junto de Matias. Vanda voltou a sentir a mão de Deus e as
lágrimas partilhadas misturaram-se no pedido único de várias vozes para que
Deus ajudasse o pequeno Matias. As esperanças foram todas colocadas na
padroeira da ilha, Nossa Senhora dos Milagres e as rezas elevaram-se num
sentimento profundo de altruísmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário